As crianças têm dificuldade em experimentar alimentos que lhes são estranhos. Se habituarmos as crianças desde pequeninas a provar novos sabores, estas aceitam as novidades com mais facilidade.
É natural que haja uma preferência por alimentos doces, em detrimento dos alimentos mais amargos ou ácidos, e que não haja necessidade de lhes apresentarmos os primeiros alimentos pois há uma aceitação instantânea. Cabe aos pais fazerem a dosagem dos alimentos. Tudo se quer com conta, peso e medida.
O comportamento alimentar dos pais influencia o gosto e as preferências dos seus filhos. Pais que não gostam e não comem legumes, por exemplo, não podem esperar que os filhos os comam. Basta que nos coloquemos no lugar dos miúdos para entendermos isso.
Quanto mais tarde começarmos a educar o gosto dos nossos filhos mas dificil será aplicar regras de uma alimentação saudável.
Há tempos, a avó de uma criança disse-me: Quando a refeição na escola for peixe a minha neta não come. Não se preocupe, ela está muito gorda e depois come mais tarde em casa. Ela só come o que gosta. Apesar de todo o meu esforço para explicar que não se deve estar mais de 3 horas sem comer e que o bife e as batata frita não podem ser a alimentação diária de uma criança, foi inútil. A senhora continuou: Não, não é só isso. Ela come duas tostas mistas de uma vez. Está bem alimentada.
Fiquei de boca aberta com a simplicidade e inconsequência da resposta. Como é possível?!! A educação se não passar pelos adultos não surte grande efeito. Não tenho dúvida. Apesar de todos os esforços da escola para a educação da criança, se a família não cooperar, tudo é em vão.












